A presente comunicação propõe-se a apresentar algumas reflexões sobre a “antropologia do imaginário” conforme as linhas norteadoras do filósofo francês Gilbert Durand. Por meio de uma “ossatura” teórica constelada em enxames de imagens, a antropologia durandiana apresenta diversos desafios teóricos, e apontamentos paradigmáticos, que podem ser bastante úteis para pensar o fenômeno religioso. Portanto, ainda que a antropologia do imaginário não seja exatamente uma teoria da religião, ela pode funcionar como uma espécie de meta-teoria que abarca diversas áreas do conhecimento humano: hermenêutica das religiões, psicanálise, mitologia e arte. Para cumprir tarefa proposta, serão explicitadas as significações que Gilbert Durand dá aos termos Schème, Arquétipo, Símbolo e Mito e também será demonstrada a sistematização das leis de formação de imagens presentes na obra fulcral “Estruturas Antropológicas do Imaginário”.
As reflexões apresentadas também levarão em conta os resultados, provisórios, de aplicação metodológica da antropologia do imaginário em pesquisas de ciências da religião e literatura.